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Domos e abóbodas são estruturas utilizadas na arquitetura por diversas sociedades humanas desde a origem da nossa civilização, porém as estruturas que usam a geometria geodésica são um avanço bem mais recente.

O primeiro domo a utilizar a geometria geodésica na era moderna foi construído no ano de 1926 em Jena, na Alemanha, por Walther Bauersfeld, engenheiro chefe da Companhia Ótica Carl Zeiss, que desenvolveu seu projeto para servir como superfície de projeção dos novíssimos projetores planetários da empresa.

Mas para Bauersfeld a solução geométrica encontrada era apenas uma escolha elegante para resolver o problema prático que tinha em mãos.

Planetário de Jena, projetado por Walter Bauersfeld
Planetário de Jena, projetado por Walter Bauersfeld.

O estudo sistemático da matemática, o desenvolvimento da engenharia por trás do projeto e da construção e o esforço em divulgar o conhecimento sobre os domos geodésicos (assim como a própria designação “geodésico”) se deve na realidade ao visionário designer, arquiteto e inventor norte-americano Richard Buckminster Fuller.

Considerado como o verdadeiro pai dessa tecnologia, Bucky estudou profundamente a geometria e as aplicações da engenharia geodésicas.

Buckminster Fuller
Buckminster Fuller segurando seu Tensegrity

Inspirado por uma visão holística das aplicações científicas e usando como suporte alguns conceitos elaborados por ele mesmo ao longo do processo, como “integridade tensional” e “maximização dinâmica”.

Fuller apresentou seus domos, atraindo o interesse e a curiosidade de pessoas de diversos setores, desde espaços acadêmicos a industriais e militares. Divulgando-o entusiasticamente como uma das melhores forma de reduzir o impacto econômico e ambiental e ajudar a tornar as construções humanas mais práticas e acesssíveis.

É possível dizer que, em essência, os domos geodésicos são ao mesmo tempo a síntese e a materialização do pensamento e da visão de mundo de Richard Buckminster Fuller.

Buckminster Fuller em sua oficina
Bucky Fuller e seus modelos geodésicos, no Black Mountain College

Atualmente, em função das tecnologias digitais e do grande alcance das redes, vivemos uma redescoberta dos domos geodésicos, junto com a criação e difusão de programas, sites e plataformas que ajudam na popularização do conhecimento sobre o uso dessas estruturas.

Utilizadas para as mais variadas funções, de estufas e galinheiros até casas, abrigos de montanha ou ginásios esportivos, e acompanhando o desenvolvimento de novos materiais e técnicas de construção, uma enorme diversidade de cúpulas geodésicas estão sendo erguidas por todos os tipos de pessoas em dezenas de países ao redor do mundo.

Home solar globe
Norway home solar globe – Ingrid Hjertefølger
Galinheiro domo geodésico
Galinheiro da Sunrise Domes
Bivacco Pelino – Monte Amaro – Itália

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